CT-MH mantém vazões de 3m3/s para as Bacias PCJ e Sabesp seguirá utilizando o banco de águas da Grande São Paulo

Representantes de municípios, empresas e da sociedade civil, estiveram reunidos na manhã de sexta-feira, dia 31, na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), em Campinas, na reunião da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, discutindo a forte estiagem atípica que está ocorrendo e seus reflexos para os rios, o abastecimento e o Sistema Cantareira. Na reunião, ficou definido que as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), seguirá recebendo, no mês de fevereiro, 3m3/s do Sistema e a Sabesp continuará a utilizar o banco de águas da Grande São Paulo para manter vazões acima de 30m3/s para a Região Metropolitana.

 
Na Reunião da CT-MH, o Ministério Público esteve presente e sugeriu que apenas as vazões primárias fossem utilizadas nesse atual estágio que se encontram os reservatórios. O que foi acatado e transformado numa moção que será submetido aos presidentes dos Comitês PCJ Federal e da parcela mineira e caso aprovada será enviada à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Nesse sentido, continuariam a ser enviados os 3m3/s para as Bacias PCJ e a Grande São Paulo passaria a receber 24,8m3/s, que são as vazões primárias estabelecidas pela portaria 1213/2004.
 
Essa medida tem como objetivo evitar o rebaixamento demasiado dos reservatórios do Sistema Cantareira, uma vez que, abaixo de 20% torna-se difícil a transposição por gravidade da água de um reservatório para outro, impossibilitando, dessa forma, a gestão integrada das represas.
 
Os reservatórios do Sistema Cantareira vivem o pior nível dos últimos 10 anos e a falta de chuvas que acomete as regiões Sudeste, Centro-oeste e parte do Sul e Nordeste do país, segue aumentando as temperaturas e, consequentemente, aumentam o consumo de água. Estudos técnicos do Consórcio PCJ atentam que a permanecer essa situação, o Cantareira resistirá por mais 100 dias.
 
O Consórcio PCJ emitiu no dia 18 de fevereiro alerta aos municípios da região, os serviços de água e aos órgãos gestores, sobre a situação da estiagem e os seus reflexos para o Sistema Cantareira. A entidade solicitava já naquela época que campanhas de uso racional de água fossem implantadas junto à população para se evitar um possível racionamento na estiagem. Desde então a entidade vem sensibilizando a comunidade sobre a estiagem extremamente atípica e sobre a falsa sensação de chuvas ocasionada pelos temporais nesse período.
 
O Sistema Cantareira passa por um de seus piores momentos da sua história em meio às discussões que cercam a renovação da outorga do Sistema. Em fevereiro, ocorrerão duas audiências públicas sobre a proposta guia de renovação da outorga. Uma acontece no dia 13, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e a outra no dia 14, no Auditório do Edifício Cidade I, em São Paulo. Informações e endereços das audiências podem ser consultados no site www.comitepcj.sp.gov.br.

Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ

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