Grupo Técnico de recuperação do Quilombo realiza sua primeira reunião para mobilizar municípios da região

O Consórcio PCJ realizou na manhã da última quinta-feira, dia 19, a 1ª Reunião do Grupo Técnico de Recuperação do Ribeirão Quilombo, em Nova Odessa (SP), com a presença de representantes de cinco dos seis municípios que compõe a Bacia do Quilombo, apenas a cidade de Paulínia não enviou representante. No encontro, o presidente e prefeito de Nova Odessa (SP), Benjamim Bill Vieira de Souza, definiu que em até 90 dias os técnicos da entidade realizarão novo diagnóstico sobre a situação do curso d’água e, a partir daí, definir ações viáveis de acordo com a realidade de cada município da bacia.

Os técnicos do Consórcio PCJ apresentaram no encontro do Grupo o levantamento preliminar de investimentos em reflorestamento das matas ciliares e em reservatórios de macrodrenagem, que somam mais de R$ 177 milhões pelos próximos 10 anos, além de apresentar a situação do tratamento do esgoto que é lançado no ribeirão.

De posse desse primeiro estudo, será realizado outros detalhamentos para priorizar ações e como vitalizá-las financeiramente, respeitando a capacidade de cada município. O Presidente do Consórcio PCJ chamou todos os representantes do poder público presentes na reunião para a ação e compromisso com o projeto de recuperação do Quilombo. “Nosso mandato como prefeito e vereador passa, mas as ações que realizamos permanece. No futuro, daqui 10 ou 15 anos, seremos lembrados por ter iniciado esse importante projeto para a recuperação do Ribeirão Quilombo e para a qualidade da vida da população do seu entorno”, atentou Bill.

O encontro do grupo técnico contou com a presença de 26 pessoas, entre vereadores, técnicos, convidados e secretários de meio ambiente, como Rogério Menezes, do município de Campinas, e Carlos Roberto Barijan, do município de Sumaré.

Luiz Carlos Rossini, vereador de Campinas e coordenador dos agentes de interlocução do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, atentou sobre como o tema meio ambiente tem estado mais presente na agenda política dos prefeitos das Bacias PCJ. “A preocupação ambiental tem de estar na agenda política sempre”, disse. Ele ainda sugeriu aos vereadores da região elaborar leis de proteção das matas ciliares e nascentes dos afluentes do Quilombo.

Durante a reunião, o secretário do verde de Campinas, Rogério Menezes, anunciou que o município já está em fase de licitação dos dois reservatórios de contenção de cheias na bacia do Quilombo: um no Córrego da Lagoa e outro na região do Campo dos Amarais. Menezes ainda atentou que Campinas o Quilombo será beneficiado com a inauguração da ETE Boa Vista, que fará com que a cidade alcance 100% de tratamento de esgoto, inclusive com as modernas membranas ultra filtrantes, o que auxiliará na melhora da qualidade da água do ribeirão.

Pela cidade de Americana, o vereador Rafael Macris, concordou com o papel das Câmaras de fomentar leis de proteção aos cursos d’água. E a vereadora de Nova Odessa e presidente da Câmara Municipal, Carla Lucena, destacou a necessidade de os legisladores divulgarem e apoiarem o projeto de revitalização do Quilombo em seus municípios.

O vereador de Sumaré, Ulisses Nunes Gomes, pontuou sobre as ações mais importantes a serem desenvolvidas pelo município na recuperação do ribeirão, como a construção de reservatórios de contenção de cheias (piscinões) e avançar no tratamento de esgoto.

A gerente de licenciamento ambiental de Hortolândia, Elaine Cristina de Sousa, destacou que o município além dos dois reservatórios para contenção de cheias no Ribeirão Jacuba, afluente do Quilombo, já está em processo de implantação um terceiro no Córrego Santa Clara, que desagua no Ribeirão Jacuba, o que também irá auxiliar na questão de macrodrenagem da bacia. A previsão é de que ele seja inaugurado até julho de 2018.

Sobre o Ribeirão Quilombo e o projeto de recuperação

O Ribeirão Quilombo possui extensão de 50 km desde a sua nascente, na cidade de Campinas, até a sua foz no Rio Piracicaba, no município de Americana, com extensão de 396 km² e caracterizada por ocupação majoritariamente urbana e com índice de chuva variando entre 1.200 e 1.800 mm. O curso d’água cruza ainda os municípios de Paulínia, Hortolândia, Sumaré e Nova Odessa.

Levantamento preliminar do Consórcio PCJ diagnosticou que para a recuperação de matas ciliares no Quilombo será necessário o plantio de 280 mil mudas nativas, com aportes financeiros de R$ 5,7 milhões. Já para o projeto de contenção de cheias e construção de 11 reservatórios o aporte é bem maior, sendo necessários US$ 50,7 milhões, que pelo câmbio de hoje somam mais de R$ 171 milhões. No total, estima-se que serão necessários R$ 177 milhões com os dois projetos. Nesses investimentos ainda não estão contabilizados os gastos com tratamento de esgoto. O Plano das Bacias PCJ prevê que toda a região tenha até 2020 100% de coleta e tratamento.

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