8º Fórum Mundial da Água

A partir do dia 17 de março, em Brasília/DF, serão realizados diversos eventos voltados à ÁGUA, recurso natural indispensável para a vida. O Consórcio PCJ estará presente, buscando ampliar cada vez mais seus conhecimentos sobre a gestão da água e seus usos múltiplos, trocando experiências com diversos setores da população, de diferentes partes do mundo.

 

O 8º Fórum Mundial da Água (FMA) é promovido a cada 3 anos pelo Conselho Mundial da Água, organização que reúne mais de 300 instituições de 150 países. O Consórcio PCJ é uma dessas instituições, que desde 2009 participa das discussões realizadas pelo Conselho, sendo o Fórum o seu maior evento. Pela primeira vez, o encontro será realizado na América do Sul, e o Brasil foi escolhido para ser a sede do 8º Fórum, visto sua representatividade na região. Para favorecer a troca de experiências com os participantes, o Consórcio PCJ terá um estande na Feira Técnica, cuja entrada é gratuita. Neste espaço, serão organizados diversos painéis, com especialistas do mundo todo, sobre os principais assuntos discutidos pelo Fórum. O Consórcio PCJ também foi convidado a participar de diversas sessões oficiais do evento, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e irá contar com a parceria da CBN Campinas para divulgar os debates que estarão acontecendo em Brasília para todos aqueles que não puderem participar presencialmente.

 

Paralelamente ao 8º FMA, serão realizados diversos encontros, sendo o maior deles o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), que está em sua 3ª edição. É um evento internacional, democrático e que pretende reunir mundialmente organizações e movimentos sociais que lutam em defesa da água como direito elementar à vida. O FAMA se contrapõe ao 8º FMA, visto que, para seus organizadores, no FMA as políticas públicas de água não são debatidas democraticamente com as populações e, em particular, com as comunidades afetadas. No FAMA serão debatidos os temas centrais de defesa pública e controle social das fontes de  água, o acesso democrático à água, a luta contra as privatizações dos mananciais, as barragens e em defesa dos povos atingidos, serviços públicos de água e saneamento e as políticas  públicas necessárias para o controle social do uso da água e preservação ambiental, que garanta o ciclo natural da água em todo o planeta. Nós, do Consórcio PCJ, também estaremos presentes nas discussões, por meio do Observatório de Governança da Água, o qual somos membros fundadores.

 

Para saber mais, recomendamos os sites oficiais do 8º FMA (worldwaterforum8.org) e do FAMA 2018 (fama2018.org), além, é claro, do site do Consórcio PCJ (agua.org.br), que estará divulgando os principais acontecimentos da semana de 17 a 23 de março, em que se comemora o Dia Mundial da Água (22/03).

 

Abaixo, segue uma matéria divulgada pela Agência Brasil (EBC) quanto aos últimos debates ocorridos no Senado sobre a participação da sociedade civil na gestão da água:

 

Senado debate participação da sociedade civil na gestão da água

 

A subcomissão do Senado destinada a discutir os preparativos para o 8º Fórum Mundial da Água teve a segunda reunião nesta quarta-feira (14). Para a audiência pública interativa, denominada Água como Direito – A visão da sociedade civil, foram convidados representantes de agricultores familiares, urbanitários, comunidades quilombolas e organizações não governamentais.

 

Ao abrir os trabalhos, o presidente do colegiado, senador Jorge Viana (PT-AC), disse que o objetivo da audiência foi dar voz aos representantes do Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama) com “absoluta transparência, até de empoderamento”.

 

Brasília – Audiência pública no Senado debate Água como Direito, e a visão da sociedade sobre o tema (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 

“As organizações da sociedade civil e os movimentos populares entendem que não é debatido plenamente da maneira como se quer, no fórum institucional, aquele fórum oficial, os temas que a população e a sociedade entendem que são mais prioritários”, afirmou o parlamentar.

 

Integrante da organização do fórum alternativo, o assessor de saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Edson Aparecido da Silva, foi o primeiro a falar e mencionou a questão da privatização da água. “A perspectiva do fórum é fortalecer a organização, luta e resistência contra todas as formas de privatização da água que hoje são tentadas pelas grandes corporações nacionais e internacionais”, disse, acrescentando que as empresas “querem se apropriar de um bem para avançar no seu processo de exploração”.

 

De acordo com Iury Paulino, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), há um uso “exagerado” do conceito de escassez da água com a finalidade de “assustar a população”, enquanto, para as organizações sociais, a água é um “direito humano” em diferentes aspectos. Ele informou que mais de 100 debatedores dos cinco continentes estão confirmados para participar do Fama.

 

Paulino disse que será formado um acampamento permanente com mais de 5 mil pessoas que buscarão debater temas que, segundo ele, não terão lugar durante o Fórum Mundial da Água. “Essa população não tem essa perspectiva, não tem voz, não tem espaço de colocar o conhecimento acumulado pela história de luta em defesa dos recursos naturais, em especial da água. Não tem espaço de colocar suas lutas para ter acesso a esse recurso natural”, afirmou.

 

Para a coordenadora nacional de Articulação dos Quilombolas, Francinete Pereira Cruz, a água é tão importante para as comunidades tradicionais quanto o território que elas “lutam diariamente para garantir”. Presente na sessão, a senadora Regina Sousa (PT-PI) mencionou os problemas da seca existentes ainda hoje em regiões do país.

 

“O carro-pipa ainda é o grande negócio no Nordeste. É lucrativo, por isso não se tenta resolver o problema da água definitivamente, universalizar a água para todo mundo. Não dá para fazer de uma vez, eu sei. Mas se tivesse uma meta, a cada ano, tantos municípios vão deixar de ser abastecidos carro-pipa. Um dia nós teríamos os municípios todos com a água universalizada”, disse, criticando a demora do Poder Público em disponibilizar a água de poços artesianos perfurados.

 

Na instalação da subcomissão, o diretor-executivo do Fórum Mundial da Água e diretor de Gestão da Agência Nacional de Águas, Ricardo Andrade, destacou que a edição brasileira será mais inclusiva do que os eventos anteriores para garantir a participação de diferentes segmentos sociais.

 

Fonte: Agência Brasil (Edição: Amanda Cieglinski)

14/03/2018 – http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/senado-debate-participacao-da-sociedade-civil-na-gestao-da-agua

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